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Estratégias e o caos das emoções

29/10/2018 / Equipe Flow
Estratégias e o caos das emoções
Poker é basicamente um jogo de estratégia com uma boa dose de caos de emoções que muitos de nós, jogadores profissionais, temos dificuldade em administrar. No longo prazo, sempre indicarei às pessoas que procurem meios de lidar melhor com suas emoções, entender suas raízes e treinar para controlá-las quando necessário. No curto prazo, porém, acredito que o melhor que um jogador pode fazer é buscar estratégias sólidas e simples diretamente relacionadas ao poker, por exemplo, criar ou procurar ranges feitos por outros excelentes profissionais e segui-los.
 
Confiar em ranges consolidados, no seu estudo, em estratégias bem montadas vai fazer com que você jogue com mais segurança e deixe menos espaço para o caos das emoções. Se você começar a tomar decisões nas mesas influenciadas pelos seus sentimentos desde o pré-flop, sua vida será bastante desgastante e você dificilmente terá consistência nos resultados.
 
Existem muitas técnicas para aprender a controlar as emoções, mas o foco no aprendizado e na execução dele deve ser maior do que a enorme e complexa tarefa de conter seus sentimentos. É esse estudo que vai trazer confiança para o jogo. Quando estiver revisando suas mãos, não se apegue tanto às decisões que não estavam previstas pela estratégia que você usa, foque principalmente naquelas que estavam cobertas por sua estratégia e foram mal administradas.
 
A busca pela evolução no poker acaba por te levar a criar rotinas e, com elas, impulsionar seus resultados e sentir-se melhor como profissional e como pessoa. Mas isso é a longo prazo. No hoje, no agora, um bom ataque às questões técnicas, aprender e seguir uma estratégia, deve ter maior efeito imediato em seus resultados do que começar a tentar controlar sua mente e suas emoções.
 
Claro, você pode tentar os dois ao mesmo tempo, mas lembre-se que o estudo pode ter efeitos observáveis no curto prazo, e as técnicas de controle das emoções são aprendizados que miram o futuro.
 
Por Fellipe Nunes membro da equipe FLOW
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