As más fases são um prato cheio para minar a confiança de um poker player. E ali começa a bola de neve negativa: a fase ruim alimenta a insegurança, que faz mudar o mindset e até o estilo de jogo. Aí o player perde mais, o que piora a downswing, que alimenta ainda mais a insegurança, e assim por diante.
Veja aqui 3 dicas de mindset para superar uma má fase no poker e jogar o fino nas mesas! 😀
Pesquisas mostram que ter autocompaixão é muito mais produtivo do que focar em construir uma boa autoestima. Por quê?
Nossa autoestima varia muito de acordo com a época da vida, e não vai estar lá muito boa durante uma má fase no poker.
Ter uma boa autoestima também envolve muitos fatores que não controlamos e que não são muito mutáveis, como construção da personalidade, experiências passadas, criação, influências externas, sociabilidade, entre outros.
Ligamos autoestima com nossas medidas de sucesso. Logo, ela só aparece quando está tudo bem. Se você está numa boa fase, a autoestima está lá em cima. Se está numa fase ruim, ela some. Pesquisas demonstram que a autoestima parece ser mais uma consequência do sucesso do que a causa dele.
Pode parecer um pouco pedante isso de ficar tendo compaixão consigo mesmo, mas segue aqui com a gente: ao invés de tentar te dizer o tempo todo que você é excelente, mesmo quando está numa má fase e não acredita nisso, foque em se perdoar por não ser excelente o tempo todo.
Ter autocompaixão é apenas reconhecer que é natural falhar e que você merece respeito, compreensão e novas chances, mesmo quando erra.
Pesquisas mostram que a autocompaixão traz todas as vantagens de uma boa autoestima, mas sem a variação. Ela não é tão contingente e podemos controlá-la melhor que a autoestima. Você pode aprender a se perdoar, mesmo quando a autoestima não está lá.
Quando a autoestima vai embora, que é exatamente quando estamos falhando, a autocompaixão pode ajudar a manter tudo no lugar.
Quando você coloca tudo a perder e erra bonito, a autoestima não ajuda em nada, mas a autocompaixão sim. Ajuda a seguir em frente, a encarar as coisas de forma menos pessoal e a superar os erros. Se você consegue se perdoar, se sente menos humilhado ou incompetente quando falha.
Quando alguém querido falha, é comum que sejamos amigáveis e compreensivos. Tentamos mostrar que não é pessoal, que não está tão ruim assim, que não significa nada tão terrível.
E quando nós falhamos? Tivemos uma session ruim? Uma semana ruim nos feltros? Pensamos as piores coisas de nós mesmos. A confiança já começa a ir por água abaixo. Obviamente somos maus jogadores. De novo, nessas horas, autoestima não ajuda, mas a autocompaixão sim.
Autocompaixão é sobre conseguir nos tratar como tratamos um grande amigo quando ele comete um erro. Fale consigo como falaria com um amigo querido sobre uma má fase no poker.
Faça o exercício: “o que eu falaria para um amigo que estivesse passando exatamente pela mesma coisa agora?” A ideia é conseguir ser compreensível e razoável consigo mesmo como costumamos ser com quem amamos.
Para conseguir olhar para os próprios erros e dizer “errei, acontece, faz parte. Sou/vou ser melhor que isso”, você precisa primeiro admitir que errou. E isso pode ser bem mais difícil do que parece.
Para ter autocompaixão, precisamos conseguir olhar para nossos erros e ter a consciência de que falhamos. Quando ficamos em negação sobre nossos defeitos e falhas, ou quando não refletimos sobre as razões de as coisas não darem certo, não vamos conseguir ter autocompaixão. Afinal, não precisamos nos perdoar se não cometemos erros.
A principal dica é: exercite a autocompaixão. Admita que errou e trate a si mesmo com respeito e compreensão, como você trataria um grande amigo que falhou.
Nada disso vai te fazer ficar mole. Pelo contrário, ajuda a construir confiança e resiliência para enfrentar as falhas, bolhas e as más fases nas mesas.
Segue o jogo, GL pra nós! 😉
Fonte auxiliar: 3 Secrets for Being More Confident, Backed by Research