Depois da entrevista semana passada, pegamos o gosto e repetimos a dose! A entrevista turbeta da vez é com Thauan “VelascoNoBad” Cunha, um dos quatro desafiados a jogar 2 mil torneios em julho.
Alguns dias após o início do desafio, Thauan descobriu que enfrentaria mais outro: problemas de saúde na família. Mas isso não o impediu de seguir lutando, acreditar em si mesmo e planejar os próximos passos.
FLOW: Como você está lidando com o fato de jogar tantas mesas por tantas horas?
Thauan: Não estou mais jogando tantas mesas agora, mas no começo foi muito bom, acredito que o volume tira a variância mesmo. Nos momentos de pico, jogava de 20 a 24 telas ao mesmo tempo e, nos outros, de 15 a 18. Para mim sempre foi tranquilo jogar muitas mesas. É bastante cansativo, você precisa se preparar mais, mental e fisicamente. O que me ajuda a ficar focado é estar com a mente e o corpo em dia e com a cabeça tranquila para jogar.
F: Onde você busca motivação para encarar todo dia um volume tão grande de jogos?
T: Tento meditar um pouco antes de começar as sessões e mentalizo a quantidade de torneios que vou jogar. Se eu estiver indo mal, procuro ficar mais quieto e focar em pensar com calma. Minha motivação é querer ser o melhor, sempre tive isso na minha vida. Sei que se eu fizer um bom volume e jogar o meu melhor, bons resultados serão consequência. Mas a gente tem que estar sempre buscando meios para se motivar.
F: Das suas expectativas antes de começar o desafio até agora, o que mudou e o que se mantém?
T: O que mudou é que aprendi que se eu fizer uma boa quantidade de jogos e focar no volume, vai valer a pena. Acho que fiz bem a primeira semana, e aí a segunda não consegui por causa dos problemas que estamos passando em família.
F: Como você encara seus resultados e o número de jogos que fez até agora?
T: Eles são um reflexo do momento pelo qual estou passando, não consegui me dedicar 100% ao poker.
F: Quais foram as maiores dificuldades até agora?
T: Minha maior dificuldade foi conseguir focar no desafio apesar dos problemas familiares. O cansaço, o estresse mental, o foco necessário para jogar tantas telas, tudo isso eu já esperava e procurei me preparar.
F: Você está gostando de participar do desafio?
T: Estou gostando muito de participar do desafio, mas queria estar 100% focado e não estou conseguindo. Mas o desafio é muito bom, acho que com foco no volume, o ROI vem. Tem também a visibilidade, um monte de gente acompanhando, isso é muito gratificante. Farei de novo quando as coisas se resolverem, e vou fazer 100% focado.