Tornar-se jogador profissional de poker costuma ser uma ruptura. Geralmente, havia outra carreira, outro caminho, outros planos, talvez mais seguros, provavelmente mais comuns.

Todo poker player, em algum momento, decidiu dizer “não” para muito do que tinha por certo até ali e entrar de cabeça em uma carreira ainda pouco comum, cercada de preconceitos, bastante exigente e incerta.

Viver de poker tem suas dores, mas tem também muitas alegrias. Alguns encontram no poker uma oportunidade quando não havia muitas. Outros, têm no poker o encontro entre profissão e paixão. Tantos outros veem o poker como uma liberdade, do horário fixo, da função enfadonha, de outras carreiras não tão desejadas assim.

Na série “Para além das mesas”, vamos conhecer a história de alguns PRO players e ver como se tornar jogador profissional de poker mudou a vida de cada um. Vem ver!

Jogador profissional de poker: como o jogo mudou sua vida? Com "Camirim"

1. Quando você decidiu se tornar poker player PRO? Por quê?

Não me lembro exatamente. Sempre curti acompanhar o cenário quando fazia faculdade, mas mal jogava ou estudava. Por falta de exemplos próximos, sempre achei que seria algo muito difícil, mas por não me identificar com nenhuma faculdade que comecei, resolvi tentar focar no poker por um período de teste. Agradeço muito a minha família, que me ajudou e me apoiou nesse período. Sem eles nada seria possível.

2. O que mais te atraiu para escolher essa carreira?

A competição, com certeza. Antes de entrar na faculdade, sempre pratiquei esportes e competi bastante, então juntar a competição ao conforto de trabalhar em casa, sem chefe e etc, sempre pareceu um sonho.

3. Quando você decidiu entrar no FLOW? Por quê?

Eu escolhi o FLOW porque o Arcuiro me indicou. Se não fosse por ele e pelo FLOW, que me deu esta oportunidade, provavelmente eu não teria seguido até hoje.

4. Como foi a transição de outra profissão ou atividades para ser poker player PRO?

Foi bem tranquilo. Antes de entrar no FLOW eu trabalhei na assessoria/suporte de um outro time menor, o que me ajudou a entender melhor o que eu precisava fazer para me tornar um jogador lucrativo.

5. O que trouxe das suas outras experiências profissionais para o poker?

Acho que um pouco de organização, mas o que mais sinto é a gratidão de fazer algo que eu realmente gosto, e não algo por obrigação ou necessidade, como já tive que fazer. 

6. E o que leva do poker para as outras esferas da vida?

A evolução que tenho como jogador é paralela à evolução como pessoa. Tenho muito orgulho de quem estou me tornando desde que comecei a jogar poker. 

7. O que você mais gosta em ser poker player PRO?

A competição diária, todo dia é uma nova oportunidade para ser melhor que ontem.

8. E o que menos gosta?

Isso é difícil, porque por mais prazerosa que seja a rotina, também é muito cansativa. Os dias que você mais vai ganhar vão ser os dias que você mais vai trabalhar.

9. Qual foi o maior aprendizado que o poker te proporcionou até hoje?

Se eu não fizer, ninguém vai fazer por mim. Por mais que o time e os instrutores nos ajudem demais, no fim das contas, se você não grindar, e não aplicar, não vai adiantar nada.

10. O que o poker representou na sua vida, no início da profissionalização? E o que ele representa hoje?

No início era a realização de um sonho, ver que era possível transformar uma diversão em uma profissão. Hoje ele representa tudo, minha maior motivação de continuar evoluindo, competindo e ainda me divertindo.