Tornar-se jogador profissional de poker costuma ser uma ruptura. Geralmente, havia outra carreira, outro caminho, outros planos, talvez mais seguros, provavelmente mais comuns.
Todo poker player, em algum momento, decidiu dizer “não” para muito do que tinha por certo até ali e entrar de cabeça em uma carreira ainda pouco comum, cercada de preconceitos, bastante exigente e incerta.
Viver de poker tem suas dores, mas tem também muitas alegrias. Alguns encontram no poker uma oportunidade quando não havia muitas. Outros, têm no poker o encontro entre profissão e paixão. Tantos outros veem o poker como uma liberdade, do horário fixo, da função enfadonha, de outras carreiras não tão desejadas assim.
Na série “Para além das mesas”, vamos conhecer a história de alguns PRO players e ver como se tornar jogador profissional de poker mudou a vida de cada um. Vem ver!
No começo da pandemia, porque não estava feliz no meu antigo emprego.
Em primeiro lugar, eu só queria ter como profissão algo que me fizesse acordar motivado para trabalhar.
Entrei em agosto de 2020. Quando decidi me tornar jogador, achei que a melhor opção era evoluir tecnicamente em algum time. Então me inscrevi em algumas seleções e conversando com o JlpScavone acabei me decidindo.
Foi algo desafiador... tive que provar para mim e para muitas pessoas ao redor que jogar poker poderia ser rentável.
Acho que o que mais me ajudou foi ser resiliente. Assim como para vender algo para uma empresa ou pessoa, no poker é preciso trabalhar com consistência para obter resultados.
Tentar controlar ao máximo nossas emoções... evitar os ''tilts'' e frustações da vida.
Com certeza a liberdade de horário, rotina e geográfica.
Saber que estou fazendo a coisa certa e ainda assim muitas vezes não ter o resultado positivo.
Com certeza a lidar com frustações e a ter um maior pensamento de longo prazo.
No começo, o poker representou um alívio de poder tentar algo que realmente gostasse de fazer. Hoje, ele representa minha independência.