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Para além das mesas: como o poker mudou sua vida? Entrevista com Thauan Cunha

15/01/2020 / Equipe Flow
Para além das mesas: como o poker mudou sua vida? Entrevista com Thauan Cunha

Tornar-se jogador profissional de poker costuma ser uma ruptura. Geralmente, havia outra carreira, outro caminho, outros planos, talvez mais seguros, provavelmente mais comuns.

Todo poker player, em algum momento, decidiu dizer “não” para muito do que tinha por certo até ali para entrar de cabeça em uma carreira ainda pouco comum, cercada de preconceitos, bastante exigente e incerta.

Viver de poker tem suas dores, mas tem também muitas alegrias. Alguns encontraram no poker uma oportunidade quando não havia muitas outras. Outros, têm no poker o encontro entre profissão e paixão. Tantos outros veem o poker como uma espécie de liberdade, do horário fixo, da função enfadonha, de outras carreiras não tão desejadas assim.

Na série “Para além das mesas”, vamos conhecer a história de alguns players do FLOW com o famigerado joguinho e ver como se tornar poker player profissional mudou a vida de cada um.

Como o poker mudou sua vida? Com Thauan Cunha

O primeiro a nos contar sua história é Thauan. Thauan “VelascoNoBad” Cunha começou sua carreira no poker com o FLOW, que também começou sua carreira com o Velasco.

Um dos primeiros jogadores do time, nosso querido “Velas” começou a se profissionalizar no final de 2014, jogando sits de 2.50. Hoje, joga um stake médio de 89 dólares, é instrutor no FLOW e tem no currículo resultados como cravada de $215 Sunday Supersonic, de Hotter $33, do Evento 28-M da Powerfest e FT de Sunday Storm.

Na sua segunda temporada no FLOW, que começou há quase 3 meses, já conquistou 25 mil dólares em lucro e construiu um gráfico que é uma baita escalada pra cima. Só nesse período, o rapaz brilhou no Evento 42 do SECOOP, cravou o 30/30 30 Special e a Super Quinta High Roller.

Estagiário na Assembleia Legislativa e estudante universitário, Thauan teve que decidir entre a ousadia de uma carreira no poker ou o caminho um pouco mais tradicional que já trilhava. Junto com o FLOW, escolheu o poker.

Hoje, ele nos conta como essa história começou, fala da sua paixão pelo joguinho e como o poker transformou sua vida. Vem ver!

1. Como o poker surgiu na sua vida?

R: Foi na época em que eu estudava na escola agrícola, no primeiro ano, acho que foi 2009. Eu nem sabia que o jogo era de habilidade, fui jogar na escola, valendo cartas mesmo. Depois, fui pro milho, feijão, 2 reais no cash game, 5, 10. Aí descobri os torneios e vi que era um jogo de habilidade, isso foi mais ou menos em 2013, 2014.

2. Quando você decidiu entrar no FLOW? Por quê?

R: Eu fui pego de surpresa, recebi mensagem de um amigo falando que o FLOW ia abrir processo seletivo, no final de 2014. Achei que nunca ia ter chance, mas eu era lucrativo no Sit & Go de 2.50, que foi onde o FLOW começou com os jogadores. Então, me inscrevi e passei, para minha surpresa.

3. Quando você decidiu se tornar um poker player profissional? Por quê?

R: Foi nessa época mesmo, quando entrei no FLOW, final de 2014. Estava na faculdade ainda, era bem difícil porque eu grindava Sit & Go de manhã e à noite e fazia faculdade à tarde, ficava muito pesado.

Em 2015, tive que tomar uma decisão, faculdade ou poker, e escolhi o poker. Não me arrependo nem um pouco.

4. O que você leva do poker para as outras esferas da vida?

R: Disciplina para vida, planejamento, foco, muita coisa, até o jeito de ver as pessoas.

Quando a gente joga ao vivo, começa a observar alguns tells, algumas respostas que o corpo dá, e depois percebe isso nas pessoas fora das mesas também.

O poker me traz a vontade de vencer, a competitividade, a gana de melhorar a cada dia.

5. O que você mais gosta no poker?

R: Desde que comecei a jogar, sou apaixonado pela competitividade, por querer evoluir no dia a dia. Isso é muito importante no poker, porque se você ficar parado 1 mês, já vai ficar para trás. Essa dedicação, esse foco, eu gosto muito disso.

Também gosto de trabalhar em casa, ter minha própria rotina. O poker é muito volátil com os horários, claro que tem que jogar muito, mas você pode grindar à noite, à tarde, de manhã, isso é uma das melhores coisas para mim.

6. O que você menos gosta no poker?

R: Eu acho que é a pressão de não ficar down, principalmente quando se joga os limites mais caros. Tem que saber muito bem lidar com isso, eu estou num processo muito grande, nos últimos 2 anos, de tentar esquecer o resultado e focar no processo.

Mas, quando você entra num período down, fica pensando muito nisso, até o sono fica comprometido, você começa a ter até pesadelo.

Já passei muito por isso, hoje em dia o efeito desses períodos down é quase nulo. Não posso falar que é totalmente nulo, porque de vez em quando me afeta um pouquinho, mas já sei absorver muito mais rápido isso, essa pressão de querer ter resultado sempre.

7. Qual foi o maior aprendizado que o poker te proporcionou até hoje?

R:  O poker me proporcionou uma vida muito melhor, mais independente, de muita dedicação e muito foco. Me fez perceber que a gente pode chegar aonde almeja, com foco, dedicação e muita disciplina.

Queria falar também das amizades que fiz, sou rodeado de pessoas maravilhosas no poker. Hoje, conheço muita gente no poker e a maioria é muito gente boa, esse meio é espetacular, gosto muito dessa parte.

Também aprendi a lidar com a derrota constantemente. No poker, a gente perde em 60, 70, 80% dos dias e tem que lidar com isso.

Aprender a lidar com a derrota diariamente foi muito bom para minha vida. E, depois, as vitórias ficam muito mais gostosas. Quando a gente se dedica, está focado, tem uma disciplina muito grande, as vitórias ficam muito mais gostosas.

Vai começar uma carreira no poker? Veja aqui os 5 erros mais comuns no começo da carreira e comece na frente dos adversários!

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