FLOW Poker blog logo

Para além do review

16/10/2016 / Equipe Flow
Para além do review

Conheci o poker há 10 anos, junto com amigos no bar da faculdade. Lembro-me que nos apaixonamos pelo jogo, adorávamos jogar os Sit and Go de dois reais. Comecei a estudar conteúdos online do antigo “Universo do Poker” e os materiais do Roberto Riccio, fundador do MaisEV, hoje meu amigo. Eu imprimia o material, lia e entregava para os meus amigos também estudarem. Aqui os caminhos começaram a se diferenciar, eles até liam um pouco do material, mas a gana por aprender e evoluir não era a mesma. Eu me incomodava com as incertezas que tinha sobre o jogo e sentia raiva quando cometia algum erro.

De lá pra cá é outra história, quem sabe eu conte em outro texto. Mas o ponto é que percebo uma grande diferença das pessoas que viraram profissionais de poker na minha época e das que tentam virar profissionais hoje: as incertezas e os erros já não incomodam tanto. Não sei se é pelo excesso de conteúdo disponível atualmente, antes, conteúdo era raridade. Talvez pelo fato de já terem a certeza que é possível viver do jogo, antes esse ponto precisava ser provado. Para se tornar um profissional de poker antigamente, o esforço era tão grande que meus amigos nem tentaram.

Todas as sessions que faço tenho dúvida em algum momento. Vejo muitos jogando diversas mãos com incertezas, ou mesmo fazendo jogadas erradas, e não buscando respostas depois. Os erros e incertezas PRECISAM incomodar. Você pode marcar as mãos nos trackers, mandar para amigos e coachs e discuti-las todos os dias, perceber os erros que mais se repetem e estudar pra corrigi-los, enfim, toda situação em que você ficar perdido precisa ser entendida. “O que fiz pra chegar nesse spot?”, “daria pra evitar essa situação?”, “qual outra forma de jogar esta mão?”, essas e outras dúvidas precisam ser sanadas e vão fazer você evoluir no jogo.

Nos estudos é preciso esforço e só assistir a reviews não vai te fazer chega lá. Para tornar-se profissional de poker é preciso respirar o jogo diariamente.

Por Henrique Yamagutt – membro da equipe FLOW

Deixe um comentário
O seu endereço de e-mail não será publicado. Todos os campos são obrigatórios.