Tornar-se poker player profissional costuma ser uma ruptura. Geralmente, havia outra carreira, outro caminho, outros planos, talvez mais seguros, provavelmente mais comuns.
Todo poker player, em algum momento, decidiu dizer “não” para muito do que tinha por certo até ali para entrar de cabeça em uma carreira ainda pouco comum, cercada de preconceitos, bastante exigente e incerta.
Viver de poker tem suas dores, mas tem também muitas alegrias. Alguns encontraram no poker uma oportunidade quando não havia muitas outras. Outros, têm no poker o encontro entre profissão e paixão. Tantos outros veem o poker como uma espécie de liberdade, do horário fixo, da função enfadonha, de outras carreiras não tão desejadas assim.
Na série “Para além das mesas”, vamos conhecer a história de alguns players do FLOW com o joguinho e ver como se tornar poker player profissional mudou a vida de cada um.
Hoje, quem nos fala da sua trajetória com o poker é Bruno “Azuma1503” Azuma. Em uma época difícil, de vários rompimentos, não restava muita energia e disposição para seguir com o curso de Engenharia Mecânica.
Tendo perdido também sua fonte de renda, Bruno viu no poker uma oportunidade. Competitivo e curioso pelo jogo, foi tentar ganhar dinheiro em mesas de cash.
Há pouco mais de um ano no FLOW, o rapaz promete: excelentes resultados, regularidade e um gráfico que é só subida atrás de subida.
Agora, ele nos conta como foi do cash live para o online e o que o poker representa na sua vida hoje. Vem ver!
R: Sempre fui muito competitivo e gostava muito de jogar truco. Em 2013, baixei um aplicativo pra aprender as regras do poker e fui com meu tio para um home game de cash.
Entrei com 10 reais no cash e, mesmo sem saber jogar direito, fiz um cashout de 110 reais. Assim surgiu minha curiosidade pelo jogo.
Na época, cursava Engenharia Mecânica na UFTPR e não tinha renda, fazia alguns bicos de fim de semana, que davam, em média, 400 reais por mês.
Comecei a separar uma parte desse dinheiro para jogar, de início eram freerolls nos clubes e home games, depois me aventurei nas mesas de cash 0,50/1.
R: Em 2016 e 2017, estava em um período bem difícil da minha vida, passei por várias situações turbulentas.
No começo de 2017, me vi sem ânimo para continuar o curso, estava de luto por uma pessoa muito próxima, tinha acabado de terminar um relacionamento longo e tinha sido praticamente dispensado dos meus bicos.
Peguei os 100 reais que tinha na carteira e fui jogar. Três semanas depois, tinha 7 mil reais, estava me divertindo, discutindo estratégias de jogo e conhecendo pessoas incríveis.
Mas, decidi mesmo tentar carreira no poker quando fiz minha primeira viagem, com dinheiro do grind, para jogar um dos maiores eventos do Brasil, em Balneário Camboriú.
Ali, percebi que, com o poker, estava realizando dois sonhos: viajar e trabalhar com algo que amo.
R: São 2 fatores que me atraíram. O primeiro, a dinâmica do poker, que é um jogo extremamente competitivo e que me traz aquela descarga de adrenalina. O segundo é a flexibilidade para jogar, tanto de horário, quanto de lugar.
R: Conforme fui jogando no Cash Game Dealer Choice, de 2013 a 2018, vi muitas situações que me deixavam mal.
Como no cash não tem limite, vi vários jogadores recreativos compulsivos, que não sabiam quando deveriam parar, e me sentia culpado, de certa forma, por aquela situação.
Sei que muita gente pensa “ah mas é um jogo, fulano está ali por escolha dele”. Mas, quando você vê tudo isso de perto, quando acontece com alguém próximo, é muito difícil lidar com esse tipo de situação depois do jogo.
Então, resolvi deixar de lado o cash live e focar nos torneios online, em 2018. Não tinha conhecimento nenhum sobre torneios. Depois de receber indicação da Marcella “MenininhaMah”, me inscrevi no FLOW para aprender.
R: Da mesma forma que procuro ser um jogador melhor a cada dia, também procuro me tornar uma pessoa melhor a cada dia.
O poker me ensinou a lidar com adversidades, tirar o foco de situações que não estão sob meu controle e usufruir das ferramentas que tenho para resolver o que posso.
R: Definitivamente, a sede de vencer. Para ser um bom jogador e conseguir performar no máximo, acredito que devemos desenvolver uma série de competências, como foco, disciplina, resiliência, planejamento e saber lidar com frustrações.
De forma resumida, um bom player busca sempre a evolução, tanto na parte técnica quanto na parte física e mental. E essas competências podem ser aplicadas em outras áreas também.
R: Sou extremamente competitivo e me sinto um pouco frustrado em dias que não termino minha sessão up, acredito que esse é um dos meus maiores leaks.
Mas também acredito que isso é algo que posso melhorar. Desde que comecei a
trabalhar com o Marcelo Müller, já consegui mudar muito minha postura em relação ao poker.
R: Os resultados são consequências de um trabalho duro insano e de longo prazo.
R: No início, pensei que o poker seria um hobby que me traria um lucro extra, não pensava em seguir carreira, entrei no FLOW com o intuito de aprender.
Hoje, aqui dentro do time, vejo que tenho amigos com objetivos em comum, pessoas com histórias incríveis, e que todos estão lutando diariamente pra aprender, evoluir e ajudar uns aos outros.
Essa rede de contatos dentro do FLOW e todas as oportunidades que o poker me proporciona me fazem acordar todos os dias grato por estar vivenciando isso.
Quer saber o que o poker significa para outros players? Conheça agora a história do Guilherme “Biazutti” com o poker, PRO player e instrutor do FLOW!
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