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Jogador profissional de poker: como o jogo mudou sua vida? Com "AcidAscorbic"

05/11/2020 / Equipe Flow
Jogador profissional de poker: como o jogo mudou sua vida? Com "AcidAscorbic"

Tornar-se jogador profissional de poker costuma ser uma ruptura. Geralmente, havia outra carreira, outro caminho, outros planos, talvez mais seguros, provavelmente mais comuns.

Todo poker player, em algum momento, decidiu dizer “não” para muito do que tinha por certo até ali e entrar de cabeça em uma carreira ainda pouco comum, cercada de preconceitos, bastante exigente e incerta.

Viver de poker tem suas dores, mas tem também muitas alegrias. Alguns encontram no poker uma oportunidade quando não havia muitas. Outros, têm no poker o encontro entre profissão e paixão. Tantos outros veem o poker como uma liberdade, do horário fixo, da função enfadonha, de outras carreiras não tão desejadas assim.

Na série “Para além das mesas”, vamos conhecer a história de alguns PRO players e ver como se tornar jogador profissional de poker mudou a vida de cada um. Vem ver!

Como ser jogador profissional de poker mudou sua vida? Com “AcidAscorbic”

Patrick via poker na TV desde 2008. Quando começou a universidade, em 2011, o pessoal costumava jogar e o convidava para home games no centro acadêmico.

Como não sabia nada do jogo na época, ele se sentia desconfortável para jogar. Começou então a pesquisar, acompanhar o cenário e a jogar online.

Tentou ser PRO player em 2016, mas o lucro não foi o esperado, e ele seguiu outros caminhos. Já teve diversas profissões.

No início de 2020, era supervisor de manutenção em uma empresa de engenharia hidráulica e organizava um curso na área. Até que veio a pandemia de covid.

Em 6 meses de FLOW, “AcidAscorbic” conquistou mais de 24k dólares de lucro e construiu um gráfico que dá orgulho de ver! 🚀

👉 Vem ver como Patrick se reinventou na pandemia, deu uma 2ª chance para o poker profissional e o que o jogo representa na sua vida hoje! Desce aqui! 

1. Quando você decidiu se tornar jogador profissional de poker? Por quê?

R: Eu já havia me dado esta chance em 2017. Na época, estava infeliz com meu curso de graduação e havia acabado de trocar de instituição de ensino.

Eu estudava Engenharia Elétrica na UFRJ pela manhã e tarde e jogava no PS à noite. Consegui juntar uma banca de 100 dólares e decidi que precisava investir em conhecimento para evoluir.

Fiz um curso de Sit and Go do Pessagno via hotmart. Logo depois, consegui o contato do Dom Socci, que dava aula no Akkari Team pouco tempo antes, e entrei na turma dele de estudos.

Ali foi a primeira vez que eu vi o HM2 com um filtro de cbet e o quão lucrativo era saber fazer uma cbet, em quais texturas e sizes utilizar. Abriu minha mente.

Com o aumento do número de jogos e retas, entrei para um time com a intenção de me desenvolver e fiquei durante 1 ano e 2 meses.

Resumindo, decidi me tornar profissional em 2016, fiz uma reserva de 1 ano de contas pagas, entrei para um time e aprendi bastante.

Os lucros, porém, não vieram e eu sofria para poder me sustentar.

Ao final do contrato, decidi que procuraria um trabalho e voltaria para a faculdade, adiando o meu sonho em 2 anos.

2. O que mais te atraiu para escolher essa carreira?

R: Competitividade e liberdade.

3. Quando você decidiu entrar no FLOW? Por quê?

R: Em maio de 2020, após ler uma entrevista do Dario no blog do time.

Era o começo da pandemia, eu estava quarentenado em casa e decidido a aproveitar minha rescisão no trabalho para dar outra chance ao poker.

Já estava vendo alguns resultados bons e jogando mid stakes por conta, mas pecava no controle de banca.

Apliquei para todos os times que estavam com processo aberto e o FLOW foi o 2º a me responder.

Comecei a entrar nos sites e redes sociais de cada um e buscar um feedback por parte de algum conhecido em relação ao trabalho de cada time.

O que mais me chamou atenção no FLOW foi, além do interesse e atenção em cada contato com o player, o plano de carreira estruturado.

A entrevista só me deu respaldo para a decisão, pois eu já havia trabalhado com o Dario antes e ele é diferenciado.

4. Como foi a transição de outra profissão para jogador profissional de poker?

R: Foi por acaso. Eu estava muito feliz com minha rotina no começo de 2020.

Trabalhava em uma empresa de engenharia, treinando pela manhã e estudando à noite. Também estava desenvolvendo um curso de arduíno. Muita coisa acontecendo.

Eis que o corona veio e a vida de muita gente parou.

1/3 do pessoal da empresa onde eu trabalhava foi dispensado, inclusive eu, que briguei pela implementação de home-office para todos os funcionários internos.

A academia fechou. A escola onde estava desenvolvendo o curso também.

Eu estava em casa e a única coisa que me restou foi o poker.

Fiz algumas contas e me dei até o final de 2020 como uma 2ª chance para a profissionalização. Tenho sorte de tudo ter dado certo.

5. O que trouxe das suas outras experiências profissionais, caso tenha tido, para o poker?

Empatia, integridade e adaptabilidade.

As duas primeiras eu levo para a vida, não só para o poker. Mas, especificamente no poker, creio que sejam de suma importância para quem vislumbra seguir carreira.

Uma vez vi o Jordan do bbzpoker falando sobre coisas que acabam com carreiras.

Ele citou que falta de conhecimento técnico pode, mas não necessariamente vai, acabar com uma carreira.

Que falta de controle de bankroll pode, mas não necessariamente vai, acabar com uma carreira.

Falta de integridade, porém, matará cada oportunidade que poderia lhe ser ofertada.

Porque não importa se o seu backer te enviou 50 dólares ou 5.300 para o buy-in de um torneio. Se você reenvia faltando um dólar que seja, acaba fechando várias portas.

Se você quebrar, não haverá ninguém para apostar em você novamente.

A adaptabilidade, como na vida, é muito importante no poker. Você precisa ter ciência que teoria e prática são coisas distintas e que “sempre” nunca é a resposta.

Existem momentos que você vai foldar o par de ás na bolha daquele satélite importante, por ICM.

Existem momentos nos quais você não vai poder fazer aquela jogada que na teoria é correta, mas que não se aplica no field que você joga porque existe overfold, pouca 3bet e quase inexiste 4bet-light.

Vai precisar agressivar contra um reg e na mesma mesa jogar mais passivo contra um outro jogador que é loose-aggressive, de maneira que ele te dobre quando você tiver uma equidade interessante.

A adaptação e a capacidade de observação podem elevar muito o nível do nosso jogo, visto que existem muitos regulares que se tornam previsíveis por jogarem sempre da mesma maneira, independentemente da situação ou adversário.

6. O que você leva do poker para as outras esferas da vida?

R: Saber lidar com dinheiro e enxergá-lo como uma ferramenta.

Dar atenção aos detalhes e enxergar em cada situação o maior número de mensagens não verbais possíveis, a fim de tomar a melhor decisão sempre.

Ser cuidadoso com pré-julgamentos, pois as pessoas não fazem ideia do quanto tempo e dedicação fora das mesas são necessários para fazer uma boa sessão.

Para muita gente, você vai ser o “cara do joguinho”.

Então eu sempre olho para uma situação tentando me colocar no lugar da pessoa, tentando saber o que ela faz de bom e de errado, e o que cada ação dela resulta em sua performance.

Seja para sharkear alguém e estudar seu jogo, afim de desenvolver o meu, ou para escolher um profissional que vai me assistir em uma situação off poker.

7. O que você mais gosta em ser jogador profissional de poker?

R: Aprender todo dia, estar sempre competindo e poder folgar numa segunda-feira.

8. E o que menos gosta?

R: Não ter domingos, explicar o que eu faço.

9. Qual foi o maior aprendizado que o poker te proporcionou até hoje?

R: Que tudo tem seu tempo e que cada experiência em nossas vidas pode agregar valor ao que estamos fazendo agora. É questão de enxergar as coisas de uma perspectiva diferente.

Por causa do poker, ouvi que nada do que eu estava fazendo me agregaria algo, passei por desconfiança e desprezo de muita gente.

E isso só me serviu de combustível para buscar cada vitória e superar cada situação que surgiu depois.

10. O que o poker representou na sua vida, no início da profissionalização? E o que ele representa hoje?

R: No início, parecia um sonho impossível. Para muita gente, eu estava surtando.

Hoje, o sonho é realidade e eu só posso dizer que o poker dá sentido à minha vida.

No mais, gostaria de agradecer a confiança e estrutura oferecidas pelo FLOW, que foram imprescindíveis para os meus resultados, e a todas as pessoas boas e ruins que me ajudaram de alguma forma a chegar até aqui. Muito obrigado!

 

  Quer conhecer a trajetórias de outros jogadores profissionais de poker? Veja aqui a entrevista com “Umpalumpinha“, também PRO player no FLOW!

  Quer ser  jogador profissional de poker você também? A gente dá as ferramentas. Você joga. Todo mundo ganha.

  Vem pro FLOW com a gente! 

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